quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Longevidade como Oportunidade


PUC: Campus Consolação

Estivemos, ontem, na abertura da XV Semana de Gerontologia e do II Simpósio Internacional de Gerontologia Social, realizados na PUCSP, Campus Consolação, na Rua Marquês de Paranaguá. Com o tema geral "Longevidade Como Oportunidade: Práxis Contemporâneas", esse evento termina amanhã (02), conta com palestras e debates de estudiosos do Brasil e do exterior.

Na abertura, o processo de mudança da organização social, decorrente do envelhecimento populacional, foi destaque. Entre outros aspectos, salientou-se que as pessoas com mais idade estão permanecendo na ativa e continuam consumidoras, motivando a criação de produtos e áreas profissionais.

Se de um lado o envelhecer é um desafio, pois existem riscos como a dependência e a solidão, de outro é a potencialidade do longeviver, que inclui o se atualizar, se rever e aprender. Por ser um fato da atualidade, motiva indagações. O envelhecer é uma oportunidade de que? Para que? Para quem? Temos mais tempo de vida e o que fazer com esse tempo? O que a sociedade vai oferecer? Como ter pleno longeviver? Estudar esses aspectos será o legado que deixaremos à próxima geração.

Mas, afinal, o que é envelhecer? Para ilustrar, duas histórias bastante conhecidas foram lembradas. A primeira conta que uma criança, ao ouvir pela primeira vez a palavra "velhice", perguntou à avó: "O que é velhice?" Antes de responder, na fração de segundo, ela fez uma viagem ao passado. Recordou os momentos de luta, dificuldades e decepções. "Sentiu" a idade, lembrou-se de suas rugas e disse: “Olhe para meu rosto. Isso é a velhice". E a reação do menino foi surpreendente, sorrindo, afirmou: “Vovó, como a velhice é bonita!"

A outra história intitula-se "50 Anos de Cortesia". No dia em que completava bodas de ouro, um casal tomava café da manhã. A mulher passou manteiga na casca do pão e deu ao marido. Pensou: "sempre quis comer o que mais gosto do pão: o miolo. Como amo o meu marido e ele gosta disso, durante esses 50 anos, sempre lhe dei o miolo. Hoje vou satisfazer o meu desejo". Quando o marido recebeu a casca do pão com manteiga, o rosto dele se abriu num enorme sorriso e, então, lhe disse: "Muito obrigado por este presente, meu amor. Durante 50 anos, sempre quis comer a casca do pão, mas como você gostava tanto dela, eu jamais ousei pedir!"

Beltrina Corte, coordenadora do programa de estudos Pós-Graduação em Gerontologia da PUCSP

O evento foi organizado pelo Programa de Estudos Pós-Graduação em Gerontologia, com apoio da Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde, da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e da Reitoria da PUCSP e SESC. Aos professores da PUC, obrigado por nos receber - eu e meu parceiro Rafael - como convidados.

Financiamento: FAPESP e Portal do Envelhecimento. 

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