sexta-feira, 31 de julho de 2015

Em Busca de Diversão

"Conviver com Arte", SESC Pompéia, SP
A terceira idade se reúne na Choperia do SESC Pompéia, em São Paulo, para ouvir música ao vivo, dançar e conversar. É o programa "Conviver com Arte", um dos melhores bailes da saudade da capital. Com entrada gratuita, acontece toda quarta-feira, das 16h30 às 18h30. Nesta semana, a animação ficou por conta da Banda Sintonia Fina que interpretou músicas dos anos de 1960/70. Fui conferir e observei que o público é tranquilo, certo do que quer. Um detalhe me chamou a atenção: vaidosas, as mulheres "escondem" os óculos.

Na bilheteria, uma hora antes do evento, começou a fila para a retirada do ingresso. O pessoal estava elegante, com traje social. Poucos minutos depois, outra fila se formou ao lado, para a entrada na Choperia que tem capacidade para 800 pessoas. Nessa semana, compareceram cerca de 550, entre 60 e 80 anos. "Essa é a média de presença, a maioria é mulher", informou o orientador de público do SESC, Marcos Vinícius. Acrescentou que, geralmente, as bandas levam seis ou sete "personal dancers" (dançantes) para animar, fato que também ocorre em outros bailes da saudade, da capital. Na pista da Choperia, o clima é amistoso e animado. Alguns casais arriscam passos mais ousados.   
Conversei com algumas pessoas. Todos, aposentados. Shirley Campelo, viúva, exercia a função de caixa. Estava elegante, vestia saia longa e blusa de malha amarela. Como a maior parte dos presentes, tinha um sorriso estampado no rosto. Disse adorar o baile do SESC, é assídua frequentadora. Elogiou o clima familiar.

Já Cleide Maria Curado, corretora de imóveis, estava pela primeira vez, mas frequenta vários bailes da saudade na cidade. Afirmou que em alguns é melhor ir acompanhada, pois nem sempre se encontra um par.

O professor Paulo Madeira disse que quase todas as semanas vai àquele baile. Gosta do "flashbacks" ao vivo das bandas selecionadas pelo SESC. 

Veja alguns bailes da saudade, em São Paulo. O traje é social.
1. Conviver com Arte - Sesc Pompéia
     Quarta-feira - das 14h30 às 18h30
     Grátis - Retirar ingresso uma hora antes
     Próximo: 05/08 - Animação: Banda Orion
     Rua Clélia, 93 - Choperia  

 2. Zais - Casa Dançante
    Sábado - das 15h às 20h
    Flashback ao vivo
    Ingresso: até 16h, R$ 10. Depois, R$ 20.
    Rua Domingos de Morais, 1.630 (Vila Mariana)

3. Carinhoso Baile
   Sábado - das 13h às 19h
   Música ao vivo
   Ingresso: R$ 12
   Rua Leais Paulistanos, 250 (Ipiranga)

 4. Memphis Rock Bar
    Quinta-feira, das 21h às 3 h.
     Musica ao vivo e DJ
     Ingresso: R$ 20
     Avenida dos Imarés, 295 - Moema 
   

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Credencial Garante Vaga

Morumbi Shopping, em São Paulo

"Esta vaga é reservada para o idoso. O shopping Morumbi agradece". Assim a terceira idade é recebida no estacionamento daquele local. Parece que esse aviso inibe a quem a vaga não se destina. Diversas vezes, observei que o cartão do idoso estava exposto na maioria dos carros estacionados ali e isso não ocorre em outros estabelecimentos, da região, que não dispõem de sensor de presença e alerta de voz. Fica a dúvida: as vagas dos idosos são ocupadas inadequadamente ou eles não se credenciam?


Vale a pena ter esse documento e é fácil obtê-lo. A credencial é emitida pelo órgão de trânsito do município onde o idoso reside. Caso a cidade não esteja integrada ao Sistema Nacional de Trânsito, a emissão é feita pelo órgão estadual.

Os paulistanos podem solicitar o cartão via internet. www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/transportes

terça-feira, 28 de julho de 2015

Com que Roupa eu Vou?


Estive na palestra sobre "moda para a terceira idade" realizada, na semana passada, no Sesc Carmo, em São Paulo. Em síntese, a "personal stylist" Cris Bedendo ensinou que, se a questão é "como se vestir", o bom-senso deve prevalecer. Estar bem vestida é estar confortável e segura, é se sentir bem.

A moda praia ganhou destaque nos debates, que contou com participação de cerca de 30 pessoas. O tema surgiu com a indagação: terceira idade pode usar maiô duas peças? Sim, mas é preciso considerar o tipo físico da mulher, para não perder a elegância.

 Maiôs Catalina (fotos: reprodução)

A maioria disse que prefere maiô inteiro e houve o consenso: existem poucas opções de marcas e modelos para esse público. A Catalina foi elogiada. No entanto, para a hidroginástica os maiôs de lycra são pouco duráveis, é preferível o de elanca, geralmente, encontrado com modelagem própria para esportes. Nesse aspecto, foi citada a Malharia Marabá (Rua Silva Bueno, nº 58), no Ipiranga, em São Paulo. Concluiu-se que a terceira idade gostaria de conciliar: hidroginástica com maiô durável (elanca) e corte diferenciado (tipo Catalina).


Cris frisou que o modo de se vestir comunica a personalidade do indivíduo, indica sua cultura, idade, posição social e profissão. Para compor um visual harmonioso avalie o próprio corpo e respeite seus aspectos físicos. Procurar se arrumar é um hábito saudável, pois aumenta a autoestima. Ainda é acanhada a produção das confecções para o público da terceira idade. Entretanto, com o aumento da população idosa, a indústria da moda deve olhar com carinho esse nicho de mercado.



domingo, 26 de julho de 2015

Um Viva aos Avós


Hoje é dia dos avós. Parabéns, vovôs e vovós!  

Ainda não tenho o privilégio de ter netos, mas me lembro com muito carinho de minha avó materna que, dos meus avós, foi com quem mais convivi. Eu era a neta caçula até a adolescência. Vovó Guilha era minha vizinha e eu ia diversas vezes ao dia em sua casa, pois lá eu tinha seu afeto irrestrito, guloseimas, um gato amarelo rajado e até teve uma época que havia uma ninhada de cachorrinhos!

Vovó Guilha era professora aposentada e leitora assídua do "Estadão". Lia em voz alta, "para mim". Gostava, principalmente, dos editoriais e dos colunistas. Depois, fechava o jornal e comentava mais os textos do que os fatos e me mostrava as fotos. Aos 14 anos, me deu a minha primeira máquina fotográfica: uma Kodak Rio 400. Aos 17 anos, me disse para fazer datilografia e enfatizou que era importante aprender a escrever. Acho que obedeci... Acredito que foi vovó Guilha quem mais me influenciou na minha escolha profissional: o jornalismo.

Meus pais diziam que, como avós, não tinham o comprometimento de educar os netos, portanto, não os castigavam. Sempre flexíveis e dispostos a "esquecer" as peraltices, eles tiveram grande importância na educação de minha filha. Certamente, ocorreu o mesmo com meus sobrinhos e sobrinhos-netos.

Ao ensinar aos netos, os avós são complacentes, pois têm experiência. Aprenderam com os filhos - agora adultos - que existem situações na vida muito mais complexas e de difícil solução do que a maioria das travessuras infantis e de adolescentes. 

Esse entrosamento familiar entre gerações é essencial à vida. É um privilégio contar com a experiência sábia dos mais velhos, transmitida com carinho, afeto e amor irrestritos. (ilustração: reprodução "Ciranda Cultural")

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Feira de Troca


Neste sábado (25/07), por volta das 14 horas, pretendo ir à Feira de Troca, na Casa das Rosas (Avenida Paulista, 37 - São Paulo). O evento vai até às 17 horas. É realizado todos os meses e os participantes permutam tudo que é possível ser levado sem a necessidade de transporte, como livros, roupas, CDs, brinquedos, utensílios de casa, aparelhos elétricos.


Além de aproveitar a Feira, esse programa é muito legal devido ao local onde é realizado. Estudei e trabalhei na Avenida Paulista, entre 1972/84, e sempre apreciei aquela mansão maravilhosa em estilo clássico francês, projeto do famoso arquiteto Ramos de Azevedo. Conta a história que a construção terminou em 1935, sendo que os herdeiros moraram lá até 1980. Depois, o Estado restaurou o imóvel, revitalizou seus jardins e transformou a Casa das Rosas em espaço cultural. (Foto:reprodução)

Feira de Troca
Sábado (25/07), das 14h às 17h
Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos
Av. Paulista, 37 - Bela Vista - São Paulo
55 (11) 3285.6986 | 3288.9447 
Facebook: www.facebook.com/casadasrosas

Exposição: Padroeiras da América Latina

Santuário e passarela

Estive em Aparecida (SP), na quarta-feira passada (22/07). No imenso Santuário da Padroeira do Brasil, encontrei muitos cabelos grisalhos e brancos, em pleno dia útil, às duas horas da tarde. Certíssimo! Diariamente, o local recebe milhares de fieis, sendo que a grande maioria das visitas ocorre nos fins de semanas. A terceira idade pode ter o privilégio de visitar a Basílica, com mais conforto e segurança, de segunda a sexta-feira. 
Aparecida tem um significado especial para mim, pois nasci na cidade vizinha, em Guaratinguetá. Moro em São Paulo há 44 anos, mas segui a construção do Santuário que se iniciou quando eu ainda era criança (1955). Eu me lembro que eu estava mudando para a capital, para estudar, quando foi inaugurada a passarela que liga a antiga igreja com a nova.  Hoje, o Santuário tem quase 143 mil m2 de construção.
  

Antiga basílica

EXPOSIÇÃO
Nesta semana, no subsolo da Basílica, visitei a exposição "Padroeiras da América Latina", com 24 quadros (óleo sobre tela) do artista plástico José Roberto Leite, mais conhecido por Beto Leite. Lindas! Ele reproduziu as iconografias mais usadas em cada um dos países, pois cada povo tem uma interpretação para a mesma Mãe Maria. No lado de cada quadro, tem um texto informativo sobre a origem das padroeiras. A mostra é uma realização do Santuário de Nossa Senhora Aparecida em parceria com a Academia Marial. 


Conversei com Beto Leite. Ele contou que as telas (50 x 70) foram encomendadas pela administração da Basílica, sendo que a primeira exposição aconteceu em abril de 1998. Dois anos depois, a Editora Santuário publicou o livro "Maria - Padroeira da América Latina e suas Invocações", com as imagens e os textos. O artista plástico reside em Aparecida e pintou outros quadros para essa igreja. Contatos: bettoleite@yahoo.com.br. Fotos: reprodução.

PADROEIRAS DA AMÉRICA LATINA
Argentina: Nossa Senhora de Luján
Bolívia: Nossa Senhora de Copacabana
Brasil: Nossa Senhora de Aparecida
Chile: Nossa Senhora do Carmo
Colômbia: Nossa Senhora de Chiquinquirá
Costa Rica: Nossa Senhora dos Anjos
Cuba: Nossa Senhora da Caridade
Dominica: Nossa Senhora da Salete
El Salvador: Nossa Senhora da Paz
Equador: Nossa Senhora da Apresentação de El Quinche
Guatemala: Nossa Senhora do Rosário
Guiana e Suriname: Nossa Senhora de Fátima
Haiti: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Honduras: Nossa Senhora de Suyapa
México: Nossa Senhora de Guadalupe
Nicarágua: Nossa Senhora la Puríssima
Panamá: Nossa Senhora da Assunção
Paraguai: Nossa Senhora de Caacupê
Peru: Nossa Senhora das Mercês
Porto Rico: Nossa Senhora da Divina Providencia
República Dominicana: Nossa Senhora de Altagrácia
Trinidad y Tobago: Nossa Senhora de Sipária
Uruguai: Nossa Senhora dos Trinta e Três
Venezuela: Nossa Senhora de Coromoto


segunda-feira, 20 de julho de 2015

Desapego



Ilustração: reprodução

Impressionante como acumulei de tudo na vida e me parece comum essa constatação na terceira idade. Tenho demais móveis, utensílios de casa, objetos pessoais... Agora, entendo que menos é mais e quero excluir tudo que não uso, só ocupa espaço e me dá trabalho para manter em ordem.

Resolvida a excluir os excessos, experimentei os sites de venda. Comecei pelos aparelhos eletrônicos. Fotografei e anunciei, gratuitamente, três meses. Não tive retorno no extinto Bom Negócio. No OLX, tive um retorno e isso aconteceu porque o valor divulgado estava errado. O fax Panasonic era R$ 249,00 e foi divulgado por R$ 24.900,00 (Kalunga anuncia por R$ 549,00). Depois de três meses, o OLX mandou a diga: pague e anuncie com destaque. Não topei.

Procurei feiras de troca e não encontrei nenhuma que funcione permanente, em São Paulo. Existem realizações eventuais, geralmente, de grupos fechados.

Em muitas outras ocasiões, eu doei para Casas André Luiz. Conclui que esse é o melhor caminho, pois assim contribuo com essa instituição que atende pessoas carentes com necessidades especiais, realiza um trabalho social consistente.  

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Arte e Entretenimento

                                 MASP

Da programação gratuita em São Paulo, as visitas aos museus são uma boa dica para nós, da terceira idade, pois a maioria sempre tem novas exposições temporárias e dispõe de acessibilidade tranquila.

Fui ao MASP (Museu de Arte de São Paulo) porque uma amiga psicóloga sugeriu, no Facebook, a exposição "Histórias da Loucura: Desenhos do Juquery", que inaugura um novo espaço no primeiro subsolo do museu. Fiquei surpresa com a quantidade de gente presente em pleno dia útil, provavelmente, devido às férias escolares e ao dia ensolarado, apesar de ser inverno.  

"Histórias da Loucura" tem cerca de cem desenhos, feitos entre 1950/70, pelos internos do extinto hospital de Franco da Rocha, sob a coordenação do psiquiatra Osório César, que doou esses trabalhos ao MASP em 1974. Curiosamente, ele foi marido da famosa pintora brasileira Tarsila do Amaral, no início da década de 1930.

Os trabalhos estão em duas salas e quase a metade é de Albino Braz, para ele foi reservada uma delas. O aviso fixado na entrada me chamou a atenção: "O conteúdo de algumas imagens pode ser impróprio para menores". Constatei que o tema de vários desenhos é o sexo. Aliás, considerando todos os trabalhos, é fácil de entender o plural no nome da exposição (Histórias). Os desenhos têm diversos estilos e enfoques, com destaque para religião e figuras geométricas - além do sexo.

"A Virgem Amamentando", Giampietrino

No segundo subsolo, visitei a exposição "Arte da Itália: de Rafael a Ticiano", com parte do acervo do MASP. Destaco a tela "A Virgem Amamentando", de Giampietrino (1500/20). Tinha visto em livros. Realmente, o artista soube imprimir bem-estar afetivo à imagem de "Madonna Lactans" (em latim). Visualizar Nossa Senhora em seu sublime papel de mãe desperta a certeza de que a amamentação é absolutamente necessária para fortalecer o vínculo entre mãe e filho e transmitir amor, bem-estar, paz e segurança. 

"Histórias da Loucura: Desenhos do Juquery": até 11 de novembro.
"Arte da Itália: de Rafael a Ticiano": até 20 de setembro.
MASP: Avenida Paulista, 1578, São Paulo
Terça a domingo: 10h às 18h - Quinta-feira: 10h às 20h
Gratuito: terças-feiras, o dia todo, quintas-feiras, a partir das 17h.
Ingressos: R$ 25,00. Estudante, professor e maior de 60 anos: R$12,00.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Perspectivas de Cura


O lançamento do livro "Histórias da Aids" (Editora Autêntica) me faz lembrar quando a desinformação gerou preconceitos, causando imenso sofrimento de soropositivos e de seus familiares, amigos e conhecidos. Era meados da década de 1980 e início da seguinte. 

Enquanto a mídia se preocupou em esclarecer a população, a medicina investiu na pesquisa científica. Assim, descobriu o "coquetel de comprimidos" que baniu a sentença de morte para os indivíduos com HIV.  Mas sabemos que ainda ocorrem mortes, devido ao diagnóstico tardio.

Paulatinamente, os preconceitos minimizaram e, hoje, são boas as perspectivas no caminho que levará a cura. Nesse cenário, o alerta é para a população com mais de 60 anos. Na última década, essa faixa etária responde por maior ocorrência de casos de Aids (32%, entre 2013/14), só perdendo para o aumento (53%) entre jovens de 15 a 19 anos.

O livro, assinado pelo médico Artur Timerman e a jornalista Naiara Magalhães, conta a evolução científica registrada e apresenta o depoimento de cinco pessoas com HIV, que vivem a realidade do pós-coquetel, levando a vida praticamente normal. Uma das entrevistadas é a pianista Olivethi Oliva Cahli, 67 anos.

Lançamento:
Livraria da Vila (Alameda Lorena, 1731)

21 de julho, às 19 horas.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Tempo sem Filas



Uma das vantagens de ser aposentada é fazer compras logo cedo, quando as lojas estão vazias, sem filas. Outro dia, fui ao Shopping Jardim Sul (Morumbi - São Paulo) e aproveitei para comprar frutas, no supermercado. Adoro o Pão de Açúcar desse shopping: é pequeno, bem distribuído, por isso, facilmente a gente encontra tudo que precisa. As frutas e os legumes têm boa qualidade e mais: são expostos com capricho. Além disso, o pessoal que atende é atencioso. Porém, cuidado, o preço apresentado na gôndola, em frente ao produto, nem sempre é igual ao valor do caixa (máquina registradora). Aliás, isso acontece em outros supermercados. Acho que só quem tem tempo se preocupa em conferir o valor exposto na gôndola e o registrado no caixa.

No Pão de Açúcar, depois de escolher algumas frutas, resolvi pegar meia dúzia de chocolate Gold Diet ao Leite, cada embalagem estava por R$ 3,99. No caixa, o valor registrado foi R$ 5,89. Reclamei e, imediatamente, a funcionária consertou o erro. 


Há algum tempo, isso me aconteceu no Carrefour Butantã, na compra de duas cadeiras espreguiçadeiras. Mas aí a diferença entre o valor informado e o cobrado no caixa dava para comprar mais uma cadeira! Na ocasião, a gerente me explicou que isso ocorre quando o preço promocional ou reajustado não foi atualizado na tabela de preços, feita em uma central e distribuída às lojas da rede. Aí, só tem um jeito: ficar atento. 

domingo, 12 de julho de 2015

Valorize a Autoestima



Já confirmei minha presença na palestra sobre moda para a terceira idade, no dia 24 de julho, no Sesc Carmo, no centro de São Paulo. Esse assunto precisa, mesmo, ser debatido, pois tudo indica que a maioria das confecções de roupas não despertou para as grandes mudanças no perfil da Terceira Idade. Até parece que ainda pensa que, após 60 anos, seria hora de estender o amanhecer e, neste inverno, se agasalhar mais, usando "robe de chambre" (roupão).



O futuro cresceu. Hoje, no mais tardar, às 8 h a turma dessa geração já está saindo para praticar uma atividade física. Nada mais justifica a dificuldade para encontrar um traje que tenha modelagem e decote próprios para a mulher com mais idade e ao mesmo tempo apresente estilo, cor e tecido da estação. E, tratando-se de moda, tudo indica que o público masculino tem menos dificuldades. Já vi, por exemplo, senhores reclamando do "estilo jovem" das bermudas mais confortáveis.  

No evento sobre modas, quem vai falar sobre o assunto é a jornalista e "personal stylist" (consultora de imagem) Cris Bedendo. Entre outros aspectos, ela vai destacar a importância da moda e da aparência para a valorização da autoestima.

Para garantir a participação é preciso se inscrever antecipadamente na Central de Atendimento do Sesc Carmo, pelo telefone (11) 3111.7000, das 9h às 20h, de segunda a sexta-feira (exceto feriados).

Sesc Carmo SP (auditório) - Rua do Carmo, 147 - Centro
Inscrição - Central de Atendimento (F: 11- 3111.7000)
24 de julho, às 16 horas, Grátis.

Companheiras de Caminhadas



Nossas labradoras, Duda e Nena, foram ao banho na Ciavet Morumbi. Certamente, voltarão supersatisfeitas. Sempre é assim, pois o pessoal de lá é hábil. No comando está Dra. Cláudia, proprietária que, além de veterinária e mestra (FMVZ-USP), é especializada em homeopatia.
Com nove anos, Duda está ficando grisalha, pelos brancos se misturam aos da cor chocolate no focinho, ao redor dos olhos e nas patas. Nena (6 anos) é filha dela e do Eros, labrador de uma família amiga. Todos são da mesma cor.

As duas são dóceis e simpáticas (comportamento comum da raça). Duda sempre foi tranquila e Nena era superlevada, porém está mais calma depois da castração, feita há alguns meses numa clínica credenciada pela prefeitura de São Paulo. Quando foi fazer a cirurgia, eu achei "salgado" o valor nas clínicas particulares e pesquisei o serviço municipal gratuito. "Senti firmeza" e fiz a inscrição dela na Supervisão de Vigilância em Saúde (Suvis) da região onde moro. Consegui agendar dois meses depois. Aprovei! Não existe luxo, mas o tratamento é profissional. Mais informações: www.prefeitura.sp.gov.br/suvis.

Aproveitando a tarde ensolarada, quando elas chegarem do banho, vamos caminhar no bairro. Eu conduzo a Duda e Rafael (meu marido) a Nena. Esse é um dos momentos prazerosos do nosso dia. Muitos que cruzam conosco elogiam as duas, motivando bate-papos. Além de sociável, é saudável, pois permanecer ativo é fundamental para evitar doenças, especialmente, às relacionadas com os músculos e os ossos.


 E você, tem animal de estimação? Qual? Como se chama?

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Sempre Aprendendo


Lendo o livro "Reprodução", de Bernardo Carvalho (Cia das Letras/2013), me deparei com a palavra "brifada". A frase era: "Você nunca foi brifada?" Pensei: Nunca ouvi esse termo. Ainda bem que temos o Google para nos esclarecer quase tudo (certo ou errado. Sempre confira!). Brifada é a apresentação de um "briefing". Ah! Isso eu entendo, trabalhei com publicidade. "Briefing" são instruções sobre um trabalho - na publicidade, solicitações e expectativas do cliente. Daí vem "brifado", mais um termo do inglês que é aportuguesado e se incorpora a nossa língua.

Estranhar o vocabulário atual é uma das maneiras de se descobrir desatualizado. Epa! Envelhecer é um processo próprio da vida (é direito e dever) e se manter atualizado é saber viver bem. Incluindo as gírias, as palavras têm moda e, muitas vezes, os termos antigos ressurgem com outro significado. Daí, "qualquer pouco som, pode dar tudo errado". Imagina se você conta um fato que viveu ao seu neto e ele lhe diz: "Abafa, vô". Nos anos de 1970, abafar significava chamar a atenção (exemplo: ela abafou com a calça boca de sino - agora, se chama calça "flare"). Hoje, abafar significa apagar. Então, é melhor você se "esquecer" daquilo que contou ao seu neto.

Têm gírias que continuam. Os jovens sabem que "prá chuchu" e "à beça" significam "bastante". Outras, ainda não ressuscitaram. Será que a geração de hoje entenderia (sem consultar o Google) expressões como: bidu, grilado, maior barato? Você entendeu tudo? Então, foi "pra frentex". Continue assim, se atualize. Escreva aqui gírias ditas pelos seus filhos e netos. Para começar, digo duas ("brifada" vale? - rsrsrs): trolar (sacanear - em inglês, "to troll") e paca (muito). Participe!

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Quem Somos


Criar #sobrancelhasbrancas é a concretização de um sonho. Há 16 anos, desenvolvi o projeto de uma revista mensal, cujo título era "Gerações", e que tinha o propósito de valorizar experiências de vida, para combater preconceitos contra os idosos e promover o convívio harmônico entre as gerações. Com esse enfoque, essa revista seria um canal aberto para divulgar expectativas da chamada Terceira Idade, Melhor Idade, Maior Idade, idosos, anciões ou, até mesmo, "Envelhecência". Também seria um espaço para troca de ideias sobre passeios, eventos sociais, culturais e esportivos na Grande São Paulo; e viagens turísticas fora da cidade.

Esse projeto foi aprovado pela lei paulistana de incentivo à cultura (Lei Mendonça). Porém, na época, ainda era incipiente o aumento estatístico da população com mais idade e apostar nessa ideia parecia precoce.  Por isso "Gerações" não recebeu o apoio necessário de investidores e eu "engavetei" meu sonho.

Agora, como jornalista aposentada vivo diariamente a transformação do conceito do idoso e pensei em reativar o projeto "Gerações", pois o envelhecimento da população - antes uma tendência - hoje é realidade. Comentei isso com minha filha e, dando apoio à iniciativa, ela me deu a dica: "o blog é a mídia da vez". Também fui incentivada pelo meu genro e meu marido. Há 40 anos, Rafael é meu companheiro. Hoje, buscamos viver o melhor desta nova fase em que o tempo é nosso aliado - mas isto é outra história... 

Essa turma de duas gerações se uniu para dar vida a esse blog e a primeira preocupação foi inventar o nome. Buscando inspiração, minha filha puxou um livro da estante ("O incolor Tsukuru Tazaki e seus anos de peregrinação", de Haruki Murakami/Alfaguara). Abriu aleatoriamente uma página e seu marido leu ao acaso: "Sobrancelhas Brancas". Perfeito! E assim foi batizado.

Conto com sua participação para fazer do #sobrancelhasbrancas um ponto de encontro para a troca de experiências. Compartilhe suas histórias e participe com sugestões e opiniões. Essa troca de ideias ajuda o autoconhecimento e promove a melhoria da nossa relação com os outros e isso é fundamental à qualidade de vida. 

DORA GODOY CORRÊA (62 anos) - Jornalista e publicitária, com pós-graduação em sociologia e MBA em marketing turístico. Atuou 21 anos na grande imprensa e 17 anos na comunicação empresarial. Autora do projeto "Revista Gerações" (1999). Homenageada pelo Ministério do Turismo por contribuir com o desenvolvimento do turismo brasileiro (2004). 

RAFAEL CORRÊA FILHO (63 anos) - Engenheiro mecânico, com especialização em gerenciamento de empreendimentos (FGV/1997). Quatro décadas de vivência profissional.